quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Aparentemente sou uma gaja sobredotada...

Cenário: Aula de natação
No final da aula fui ter com um miúdo mais ou menos com a mesma idade mental que eu (e já aqui podem comprovar, em caso de dúvida que o título do post era uma piada) que se fazia acompanhar pela mãe e perguntei se ele já sabia dar cambalhotas (dentro de água, entenda-se, era mesmo um miúdo), ele diz-me que não e eu chamei-o dizendo que o ensinava. Depois do Pedro (perguntei-lhe o nome antes da primeira cambalhota) aprender, veio a mãe ter comigo:
Mãe do Pedro: - Já nada tão bem, como é que consegue respirar neste movimento (exemplificou), eu não consigo, só engulo água.
Loira: - Faça como a Cátia diz (não queria desrespeitar a professora), ao início também me acontecia, com o tempo é mais fácil.
Mãe do Pedro: - Ele (o Pedro) nada muito melhor que eu e só começou agora.
Loira: - Mas não desista, vai ver que consegue mais tarde ou mais cedo.
Mãe do Pedro: - E há quanto tempo anda aqui?
Loira: - Desde o início de Outubro, quase dois meses.
Mãe do Pedro: - Dois meses???
Loira: - Sim, aprende depressa, vai ver. (Com um grande sorriso alegre e motivador)
Mãe do Pedro (Agarrada à prancha flutuante) - Mas eu já ando aqui há três anos...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Árvore de Natal da Blogosfera

O prazo para se inscreverem na Árvore de Natal da Blogosfera termina dia 30-11-2012 por isso não percam mais tempo e inscrevam-se já. Esta Árvore de Natal tem centenas de presentes para embrulhar. Eu já me inscrevi.
Mais detalhes Aqui e Aqui.

Passo o momento publicitário *

Gosto de chuva, gosto mesmo. Adoro ficar em casa quando chove, no quentinho a ler um livro, mas não é só essa versão de um dia chuvoso que gosto, em tempos disse aqui que "pedalar à chuva lava a alma" e até hoje sou da mesma opinião. No passado Domingo chovia quando saí de casa, choveu durante toda a manhã enquanto pedalamos e eu lembrei-me e partilhei com os meus companheiros a publicidade que tinha visto da Specialized. Agora quero partilhá-la convosco porque me faz todo o sentido.


SUJAR-SE É UM PRAZER QUE SÓ ALGUNS ENTENDEM

* Ninguém me pagou, mas Specialized, querida, se quiseres enviar uma bike nova aqui para a loirinha eu não me importo mesmo nada.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Era "A" fim do mundo em cuecas...

Geralmente gosto daquilo que escrevo. Gosto porque escrevo com a alma e com o coração, gosto porque sinto. Mas há sentimentos que passado algum tempo já não nos fazem sentido e as frases que ficam deles consequentemente também não. É estranho por vezes ler o nosso passado, lembrar de uma ou outra situação e ver como se escreveu sobre ela, se fosse agora a escrita seria totalmente diferente ou então já nem seria suficientemente importante para tema de post. Por isso é que um blog não passa de um diário, que nos acompanha em diversas fases de vida e que muda connosco. 
Confesso que por vezes gosto tanto daquilo que escrevo que tenta-me a ideia de o mostrar ao mundo. Não ao mundo do Blog, mas ao meu mundo. Partilhar com aqueles que me conhecem realmente, que se cruzam comigo na rua, no café, no ginásio, nas maratonas ou na vida. Conheço algumas pessoas do mundo do Blog e daqui, da vida que o fazem e sinceramente admiro-lhe a coragem. Apesar de já me ter apresentado a algumas pessoas daqui (Blog) e de já ter apresentado o Blog a algumas pessoas daqui (Vida) partilhá-lo de facto com toda a gente, assumir-me como a autora para o meu mundo assusta-me. Assusta-me a ideia de o Blog deixar de me servir para escrever por toda a gente o ler, mas assusta-me ainda mais perder o mistério perante as pessoas e toda a gente pensar que me conhece verdadeiramente só porque lê aquilo que escrevo. Eu sei que não é assim, vocês sabem que não é assim, não basta ler-nos, há que compreender cada sentimento, cada entrelinha, há que interpretar da forma correcta, mas penso que só têm a capacidade de saber isso aqueles que escrevem. E perco a coragem da partilha quando imagino os olhares de "Eu li aquilo que escreveste". É o que vos digo era "A" fim do mundo em cuecas e além de tudo isso chego sempre à conclusão que ter uma espécie de vida dupla é muito mais divertido.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Vale a pena pensar nisto...

No início do verão fiz o Caminho de Santiago em bicicleta, é a segunda vez que o faço e pedalar durante alguns dias para lá chegar é uma sensação que não vos consigo explicar. Quando regressei houve alguém aqui no blog que me pediu para falar mais sobre O Caminho, mas confesso que é difícil. Por um lado porque nos primeiros dias o sentimento ainda é estranho, ainda não conseguimos absorver tudo o que O Caminho nos transmite e por outro, quando começamos a perceber tudo o que vivemos, passar tudo isso para palavras é quase impossível. Todos esses sentimentos, todas essas lembranças me surgem agora (e sempre) em forma de saudade e por isso de tempos a tempos vou contando por aqui algumas coisas.
No segundo dia de viagem chovia. Chovia muito e nós pedalávamos cheios de frio, já desde manhãzinha, o vento batia nos rostos e puxava-nos para trás, era difícil cada pedalada, também tínhamos fome, o lugar onde podíamos almoçar estava ainda muito longe e cada vez chovia mais, cada vez tínhamos mais frio. É uma sensação estranha esta da autonomia, só ter a nossa resistência e a nossa coragem para chegar, há momentos em que nos parece que não vamos conseguir. Até que por fim encontramos um lugar para almoçar, deixamos as bicicletas cá fora e entramos rapidamente, desejosos do conforto de um abrigo. O que me marcou neste dia foi um Senhor que ao ver todas as nossas bicicletas paradas à porta do restaurante decidiu entrar e pedir só uma sobremesa, uma vez que já tinha almoçado. Sentou-se silencioso e observador perto de nós e sorria-nos, até que começamos a falar e ele nos contou a história dele. O Senhor tirou umas semanas da vida dele para fazer aquela viagem, vinha também de bicicleta mas ao contrário de nós estava sozinho, tinha saído da Polónia sete semanas antes do nosso encontro com muito menos bagagem que a que nós trazíamos para três dias, contou-nos que já tinha passado por Santiago de Compostela e em vez de regressar a casa decidiu que a viagem dele terminaria em Fátima. Depois continuou silencioso e observador, sempre a sorrir-nos, pegou num caderno de notas e escrevia, olhava para nós e escrevia, talvez exactamente igual ao que eu estou a escrever agora sobre ele.  É uma sensação estranha esta da autonomia, só ter a nossa resistência e a nossa coragem para chegar, há momentos em que um simples pormenor ou uma pessoa completamente desconhecida nos faz renascer uma força e uma coragem inexplicáveis. 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Coisas de mãe...

A minha mãe consegue arranjar todos os dias uma boa desculpa para eu NÃO praticar BTT:
(...)
Mãe - Não gosto nada que vás andar de bicicleta sozinha.
Loira (Já com cara de quem está farta de ouvir a mesma coisa vezes sem conta) - Porque...
Mãe - Sei lá, podes ter um acidente.
Loira (Puxei o sentido de humor ao meu pai) - Mãe, quando vou sozinha só vou até à pista, está sempre gente a passar, se tiver um acidente achas que não vão socorrer uma gaja tão gira como eu?
Mãe (Com um ar dramático) - E se és assaltada?
Loira - Mami... eu levo comigo uma bicicleta cor-de-rosa, um telemóvel cor-de-rosa e um MP3 cor-de-rosa, quem é que se vai dar ao trabalho de me assaltar para ficar com umas merdas pirosas como estas?
(...)

Loira 1 - Mãe 0

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sigam a minha cadência...

Adoro aquela sensação de frio à chegada, o frio que já passa, o corpo que aquece demais, que ferve em cada poro. Adoro o ritmo da música que toca, é isso que me faz vibrar e que me faz voltar uma e outra vez, sempre. E cada músculo se movimenta nesse mesmo ritmo, tanta energia e o pensamento é só aqui e agora e cada bocadinho de pele já bem quente, cada vez mais quente, fecho os olhos e somos só nós, sempre em sintonia, sempre ritmados. O suor escorre-nos pelo corpo de prazer e é tão bom, damos tudo e queremos mais, sempre mais, perdemos as contas às pulsações, respiramos ofegantes. Dali vimos o dia a partir, o sol a dizer adeus e as luzes da cidade a aparecerem ao longe, valeu a pena ter vindo, vale sempre a pena terminar o dia assim, e vamos embora cansados, mas levamos no rosto um sorriso, no corpo e na alma o sabor de paixão...

Acabo de chegar de uma aula de Cycling. Pensavam o quê?

Tenho, nas próximas horas que tomar uma decisão muito, muito, muito difícil...

Tenho-os aos dois aqui comigo, esperei tanto por um, procurei tanto o outro e agora que chegam exactamente no mesmo dia não sei por onde começo, ajudem lá, só não me mandem viver os dois em simultâneo que eu só me consigo concentrar numa paixão de cada vez. A Insustentável Leveza do Ser de Milan Kundera ou Cem anos de Solidão de Gabriel García Márquez? 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Ligações perigosas...

Enquanto pedalávamos a caminho de Santiago de Compostela no início do verão, no final da tarde do primeiro dia de viagem uma cobra saltou do chão para o pneu da bicicleta de um dos nossos e por ali ficamos durante um bom bocado. Uns riam, outros ficaram assustados, uns tentavam tirar a cobra de lá, sem sucesso, o Marco gritava "Ai... mãezinha... Ai... mãezinha...", e os outros riam ainda mais. A cobra não queria sair dali por nada e confesso que foi um bom momento de diversão. Até que um senhor já idoso que vivia por ali perto ouviu o barulho (e os gritos e as gargalhadas) e como um verdadeiro Super-Homem cheio 
de coragem (ou com medo que de seguida a cobra fosse parar a casa dele) veio em nosso auxílio e matou a cobra. Nós ficamos muito tristes com o desfecho desta história, porque já pensávamos adoptar a pobrezinha da cobra como mascote da viagem. Seguimos caminho e tenho a dizer-vos que a cobra foi lembrada por nós muitas vezes e ri-mos muito com isto. O mais engraçado foi quando no final da viagem saiu uma notícia no jornal cá da terra (sim, porque uma ida a Santiago de Compostela de bicicleta por cá é um acontecimento muito importante) que frisava um ataque feroz de uma cobra aos viajantes. Conclusão da história, dezoito viajantes contra uma cobra e ganhou o senhor já idoso, ligações muito perigosas...

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Coisas muito minhas...

A minha tia Inês morreu em Setembro do ano passado, depois de três longos anos de luta contra um cancro no pulmão. O marido dela, meu tio, insistiu comigo desde o primeiro dia para que fosse lá a casa escolher algo dela que eu pudesse usar. Naqueles primeiros dias foi importante passar aquele fim de tarde no meio das coisas dela, a sentir-lhe ainda o cheiro, a relembrar-lhe o sorriso ainda tão recente enquanto falava do sofrimento causado pelos tratamentos e de como, de certeza, valeria muito a pena. Como a minha tia só teve dois filhos, homens, resolvi trazer um casaco que ela adorava e que não lhes faria falta. Confesso que  inicialmente fiquei apreensiva em usar uma coisa que era dela, principalmente uma peça de roupa e no ano passado guardei o casaco como algo precioso e intocável. Há uns dias atrás depois de fazer uma visita à minha tia resolvi levar o casaco de imediato para fazer os ajustes necessários e hoje, usei-o pela primeira vez. Senti-me tão confortável como se tivesse em mim uma segunda pele, senti-me sem dúvida em paz e o meu sorriso hoje é todo da minha tia Inês. Há pequenas coisas que nos podem fazer realmente felizes...

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Dizem que os olhos são o espelho da alma...

Não só concordo como acrescento que os meus conseguem motivar verdadeiras tentativas de interpretações de estados de alma. Como autênticos camaleões mudam de cor com as diferentes iluminações da alma e conseguem passar por vários tons de verde e de castanho, consoante o que me vai cá dentro. Estes dias brilham em cor de mel, o brilho próprio da esperança e da expectativa. Espero que brevemente os vejam a brilhar num tom de verde claro muito próprio da felicidade e da realização de sonhos.

"Sou uma idiota"

Em Cleveland, nos Estados Unidos, uma mulher resolveu conduzir pelo passeio para não ficar parada atrás de um autocarro escolar que deixava as crianças na paragem e o juiz condenou-a a ir durante dois dias, pelo menos uma hora por dia, para o local com um cartaz a dizer «sou uma idiota». 
Tenho cá para mim que se a justiça portuguesa seguisse o exemplo da condenação haveria cartazes espalhados por todas as esquinas.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Ou o Natal já passou e ninguém me avisou ou tenho uma doença terminal e andam todos a tentar agradar-me...

Na mesma semana, sem nenhuma razão aparente recebi de várias pessoas os seguintes presentes: Uma camisola, um casaco, umas pantufas, um pijama, um roupão (que quentinha que eu estou), licor de ginja caseiro acompanhado com copinhos de chocolate belga (nham... nham...), um telemóvel e um seguro Liberty Bike (para me proteger nas minhas aventuras loucuras). Juro que se me oferecem mais alguma coisa nos próximos tempos começo a ficar muito, mas muito desconfiada.

Paixão...


e posso ser para sempre criança...

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Na minha ausência por aqui (blog) portei-me muito, muito, muito bem, por aqui (vida)...

Só caí uma vez a andar de bicicleta, por acaso foi no domingo passado e ainda dói (preciso de mimos), escorreguei num tronco por causa da humidade natural desta altura e esbardalhei-me no chão de joelhos, como vestia calções neste momento pareço os putos quando andam com os joelhos todos em ferida. Nada de grave, domingo há mais...
As aulas de natação estão a correr bem, tão bem que já me sinto um bocadinho prima do Michael Phelps, muito... muito... muito... afastada, mas ainda assim prima. Num mês fiz grandes progressos (palmas para mim).
E agora o mais importante, em Outubro cumpri um desejo antigo e tornei-me dadora de sangue. A coisa podia ter corrido melhor, a minha tensão baixou muito (coisinha a que já estou habituada) no final da colheita e quase desmaiei, deram-me logo um "shot" e eu estava tão mal que ainda tive tempo de perguntar se era de absinto. O importante é que já sou dadora de sangue, a partir de agora vou regularmente tentar ajudar alguém e isso deixa-me muito feliz.
Agora vão lá às vossas vidas que eu já vos conto mais novidades...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Não vos ligo nenhuma...

Sou uma desnaturada, de tempos a tempos perco a inspiração de escrever e a vontade de cá vir, (vá-se lá entender porquê aparece sempre uma mão cheia de seguidores nestas alturas) mas vocês sabem que volto sempre, não posso viver sem o meu querido blog que amo de paixão. Desta vez resolvi fazer uma campanha para os meus queridos leitores e seguidores não abandonarem o meu blog (coisinha para não resultar já que a primeira a abandoná-lo sou eu) e aqui vai:
Prometo trabalhar menos e escrever mais. Prometo dormir menos e comentar mais. Prometo ler menos livros e mais blogues (esta não conseguir cumprir, mas dá credibilidade à campanha). Prometo olhar menos para a televisão e mais para o computador. Prometo que vou pedalar menos e blogar mais (mentirooooosa...). E juro... juro que gosto de todos vocês exactamente como naquele primeiro dia em que nos cruzamos através de um ecrã poeirento (Tenho mesmo piada). Vive o Também quero um blog (E é agora que se vão todos embora para nunca mais voltar).