quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Não vos venho mostrar a minha árvore de Natal, mas só porque não tenho uma.

A falta de tempo levou-me a abandonar-vos. Não leio um livro há mais de um mês. Não vejo a minha bicicleta há três semanas. Só por isto já devem ter perdoado esta minha falta de atenção. Abri a página do Blog um dia destes e li num dos meus blogues preferidos, ali do lado direito um post a pedir para eu voltar (Obrigada nAnonima), li os vossos comentários carinhosos e tudo o que tinha na caixa de e-mail, recebi ontem em casa um postal de uma pessoa muito querida que trouxe do Também quero um Blog para a minha vida. É bom receber todos estes mimos. Mais uma vez passei uns dias entre hospitais, quem me conhece sabe que não é a primeira vez, está tudo a correr bem, o meu pai voltou para casa esta semana, mais uma vez posso respirar e agora já é Natal. Estou em mudanças, de casa e de vida, isso tem ocupado também o pouco tempo que me resta. Por isso ainda não voltei, mas volto em breve, prometo. Não podia deixar de vos desejar um Feliz Natal e um novo Ano cheio de sonhos para concretizar. Agradeço mais uma vez por tudo, por todo este carinho é que ser blogger faz parte de mim. Um beijo. Até já.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

E depois a Loira sou eu...

Notícia de última hora: Há alguém no escritório com a impressora avariada.

Capítulo I
Recebo um e-mail, é um assunto particular de quem me enviou. Uma factura para pagar. Pede-me por favor que lhe imprima aquilo rapidamente, a impressora está avariada e por causa disso já passou a data de vencimento. Eu pergunto como vai pagar a factura. Responde-me que tem de ir ao multibanco. Eu tento fazer um ar sério e explicar que da próxima pode simplesmente abrir o anexo, apontar a referência multibanco e pagar, não tem necessariamente de pagar as coisas depois da data limite só porque não pode imprimir a factura. 

Capítulo II
Mais um assunto muito sério, acabou de receber um e-mail com um documento que tem de enviar rapidamente para Itália. Pergunta-me se posso imprimir o documento e depois fazer o scanner desse mesmo documento para depois ele poder enviar o tal documento. Sim... aparentemente reencaminhar o e-mail com o anexo do documento é uma coisa muito complicada.

O escritório ficou bem mais divertido depois daquela impressora avariar, temo um dia destes não conseguir segurar as gargalhadas. 

Será que tenho cara de palhaça?

Numa consulta de planeamento familiar, vestida com aquela bata super fashion que nos dão e naquela posição super confortável que todas as mulheres adoram mandaram-me esperar... e esperar... e esperar... estive quase para pegar no tablet e escrever-vos um post mas depois achei mais produtivo ler Saramago. Posso adaptar-me a tudo menos a ter que passar tempos mortos.

A médica achou-me muito engraçada porque depois de entrar não parava de rir, juro que não percebi porquê, eu hoje nem disse nenhuma piada...

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Num raro acesso de loucura a Vossa Loira decide seguir o rebanho e descrever a sua visita à Primark

Fiquei com 40 minutos livres entre o acto de comprar o bilhete e a hora do início da sessão de cinema. Estava farta de ser blogo-ignorante e decidi ir à Primark comprar qualquer coisa, posso dizer-vos que a loja é fantástica, com tanta confusão não consegui ver nada mas tinha ali ao lado da porta exactamente o que me fazia falta, sinal que estudam bem todo um mercado de novos clientes. Como dizia, mesmo ali ao lado da porta estavam os guarda-chuvas que era exactamente o que me faltava, bem sei que tem chovido muito mas eu consigo sobreviver com lugares de estacionamento à porta dos meus destinos, um chapéu impermeável e os meus óculos de sol. Continuando, estava mesmo ali o que eu precisava, escolhi o mais pindérico e vim para casa feliz da vida com a minha primeira compra na Primark e um tema para vos escrever um post. Mas as coisas mudaram, neste momento tenho em mim sentimentos contraditórios em relação a isto, se por um lado estou blogo-realizada com a minha compra, por outro desde o feliz dia que não cai uma gota de chuva, eu bem abro a minha nova aquisição mas atrás de toda a transparência e de tantos beijos vermelhos só consigo ver o azul do céu. Não sei mais o que faça, acho que isto é um sinal dos Deuses que bem interpretado quererá dizer "Não te metas nisso Loira", estou quase a ficar blogo-deprimida.

A dieta dos 0 dias.

Como boa blogger que sou não podia deixar de vos relatar também a minha experiência neste fantástico mundo das dietas. Posso dizer-vos que a minha dieta me foi imposta por um ditador que tinha como objectivo aumentar o meu rendimento desportivo e diminuir a probabilidade de lesões. Assim que recebi a dieta via e-mail (que eu sou uma gaja muito moderna) fiquei muito impressionada com o profissionalismo daquilo, o tipo de dieta variava conforme os meus treinos e tinha uma alimentação específica para os dias de treino intensivo, os dias de prova e os dias de treino de recuperação. Só por isto já parecia uma dieta como deve de ser mas depois de analisar bem aquilo as refeições consistiam em comer alface... alface... alface... e mais alface... alface... alface... e até eu que gosto muito de alface com tanta alface já estava a ficar enjoada de alface. No fim de uma prova de BTT podia fazer uma grande loucura e comer 12 colheres de cereais. 12 colheres de cereais, leram bem, foi nesse instante em que fixei os meus lindos olhos nas 12 colheres de cereais que aquilo se tornou a dieta dos 0 dias. Só para que entendam no fim de uma maratona de 60 ou 70 km eu e os meus amigos costumamos lambuzar-nos com algumas entradas, no mínimo meio frango cada um, uma dose de batatas fritas, arroz, salada, algumas cervejas, sobremesa e café. Sim, pedalar faz muita fome. Felizmente o tal ditador era tão bom que emagreci sem dieta nenhuma, a intensidade do plano de treinos bastou-me e ele adorou os resultados da minha suposta dieta.
Obviamente já perceberam que naquela altura faltou-me a coragem e o incentivo para pensar em começar a tal dieta, mas caralho agora estou decidida, agora é diferente, agora há uma solidariedade blogosférica, agora há uma onda de dietas no ar e eu para seguir as tendências da blogosfera e arranjar tema para uma meia dúzia de posts sou gaja para começar a passar fome. 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Pôr toda a gente careca foi ou não foi uma ideia da Vossa Loira preferida? (Eu, claro)


Vodafone... vodafone... é muito feio roubar as ideias dos outros (aqui e aqui). Se precisarem de uma criativa como deve de ser avisem-me, desde que paguem, claro.

Acho que isto me dá equivalência a um curso de modelo fotográfico profissional.

Três mil fotografias, três mil... Foi as que conseguimos tirar enquanto fizemos O Caminho, três mil, cada vez que penso nisto lembro-me do nosso apaixonado por fotografia aos berros a dizer-nos coisas como "Passem devagar que quero apanhar sei lá eu agora o quê ali atrás", "Voltem para trás", "Um de cada vez", "Todos juntos, lado a lado", "Caramba... não consegui apanhar sei lá eu agora o quê ali ao fundo na paisagem", "Voltem para trás, têm de passar ali outra vez", "Parem, eu vou lá para a frente para tirar uma foto naquela direcção", "Parem...", "Devagar... um de cada vez", "Esperem um bocado", "Já me estragaste uma foto, volta para trás e passa outra vez". Só vos posso dizer aquilo que lhe dizia a ele, ser modelo fotográfico cansa, mas a cena mais divertida que recordo foi uma tarde em que estavam uns quarenta graus à sombra, passamos horas a subir debaixo daquele calor infernal, quando começamos a ver ao longe uma espécie de abrigo, era uma mina que tinha uma água tão fria lá em baixo que quando entramos mais parecia um frigorífico, inicialmente cheguei a pensar que seria uma miragem mas quando chegamos mais perto e percebemos que era mesmo um abrigo tão fresco corremos lá para dentro para nos tentar refrescar e o apaixonado por fotografia dá um berro cá de fora, chama-nos "Como é? Tudo cá para fora, tenho que tirar umas fotos" e nós (os três desgraçados modelos fotográficos) lá saímos para o calor imediatamente, tiramos as fotos e depois voltamos para nos refrescar. Cada um tem as suas prioridades e agora, cada vez que revejo cada uma das fotografias agradeço ter levado comigo um aficionado capaz de captar através de uma máquina cada pormenor que nos poderia escapar no meio de tantas memórias.



Três mil fotografias... e a máquina principal (a dele) partiu três dias antes de chegarmos à meta.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Continuação do post anterior:

A partir de ontem posso vingar-me. Ontem, pela primeira vez em toda a nossa vida de casal ao pedal eu cheguei à meta primeiro que o Moreno, não primeiro de fazermos a maratona juntos e eu passar primeiro a linha e ele logo a seguir, não primeiro de eu passar a meta e ele estar lá ao fundo e demorar trinta segundos a chegar. Nada disso. Primeiro de primeiro. Primeiro de eu chegar e ter de esperar mais de meia hora por ele. Primeiro de ganhei. Até já estou a ficar com pena dele, prometo que não me vou calar com isto no mínimo durante um ano. Querido... parece-me que vais sofrer de violência psicológica.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Acho que posso apresentar uma queixa por violência doméstica

No domingo caí de bicicleta. Estava a descer um trilho de pedras, grandes e molhadas, o pneu escorregou e depois ficou preso entre duas pedras, não consegui controlar a bicicleta e como descia a uma velocidade considerável dei um valente tombo. O meu corpo ficou desnivelado, a cabeça para baixo e as pernas para cima, uma perna ficou presa e a bicicleta ficou em cima de mim. Não conseguia sair dali, depois chegou um colega do pedal que me ajudou e lá continuei (sempre em cima da bicicleta que eu cá sou uma gaja de tomates). Quando cheguei ao fim da descida encontrei o Moreno e toda entusiasmada lá lhe contei o que se passou, depois mostrei um pouco de preocupação, se não viesse alguém atrás de mim eu tinha ficado ali (nada confortável, diga-se de passagem) até alguém sentir a minha falta e me ir procurar. Perante isto disse-me o Moreno para não me preocupar, tratou-me por amorzinho, o safado e continuou, disse-me ele que ia a casa almoçar e depois, durante a tarde, voltava para me procurar.

A sério... eu sofro...

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Coisas que inventaram só para vos enganar.

Ah... e tal... praticar desporto é saudável. Esqueçam lá isso. Eu, por culpa do desporto ando aqui desde domingo com uma dor no pescoço que mal me consigo mexer, olhar para a esquerda é um sacrifício do caralho, olhar para cima é praticamente impossível (escusam de me mandar ver se chove). Doem-me os ombros, mais o direito que o esquerdo, aliás, dói-me o braço todo. Tenho as pernas cheias de nódoas negras e um joelho todo esmurrado. A bicicleta, tadinha, está internada no mecânico. Ainda por cima parti uma unha. Ah... e tal... praticar desporto é saudável. Pfff...

Diário de uma Loira - ao Pedal

Cenário: Maratona de BTT em que a vossa Loira preferida (eu, claro) se sentiu mal e pela primeira vez em toda a sua vida não chegou à meta em cima da bicicleta.

Protagonistas: Além da vossa Loira preferida (eu, claro) uma senhora simpática que morava nas redondezas e estava a ver os ciclistas a passar, viu que eu fiquei porque não estava bem, foi a casa buscar água fresca para mim e ficou a fazer-me companhia durante algum tempo. Perguntou-me de onde eu vinha, quis saber o que fazia e quantos anos tinha, ofereceu-me comida, falou-me sobre ela e a família e contou-me que no dia anterior andou com o marido a ver mais ou menos por onde a maratona ia passar. Aquilo era para lá de muito, achou ela, tantas serras para subir, tantos km, perguntou-me mais pormenores sobre isto do BTT e depois...

Senhora simpática: - Mas vocês são tantos, quanto ganham por chegar ao fim?
Loira: - Não ganhamos nada.
Senhora simpática: - Como não ganham nada? 
Loira: - Nós viemos porque gostamos, não ganhamos nada.
Senhora simpática: - Vêm cansar-se porque gostam? Eu achava que vos pagavam.
Loira: - Pelo contrário, nós é que pagamos para vir, hoje, por exemplo, cada um de nós pagou 16,50 € para participar.
Senhora que deixou de ser simpática: - E eu achava que era tolinha, foda-se...

E foi embora, deixando-me abandonada à minha sorte. Não é fácil ser a vossa Loira preferida (eu, claro).

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Num fim de semana a dois, as coisas dos outros.

Estava uma noite quente e agradável, decidimos dar uma volta e comer uma sobremesa na rua, caminhamos até à praia mais próxima, sentamo-nos num banco a conversar e a observar a paisagem e as pessoas. Eu pedi como sempre uma tripa de ovos moles e canela, para ele uma de chocolate, sempre o chocolate. Chegou um casal de noivos, no jardim o chafariz foi literalmente invadido por eles, ela não se importou de molhar o vestido e de acabar com o penteado e a maquilhagem, ele pegou-lhe ao colo, deu-lhe beijos, deitaram-se na água, depois saltaram, viraram-se de frente e de costas sempre de olho na objectiva, fizeram todas as posições que podiam e que o fotógrafo lhes ia indicando, estavam felizes, ele sempre de sorriso no rosto e olhos brilhantes, ela dava gargalhadas, sinceras e espontâneas, apaixonadas. Toda a gente estava a observá-los de sorriso no rosto, eu fiquei com a minha tripa na mão direita e a dele na mão esquerda quando lhe pediram para tirar uma foto aos noivos com o fotógrafo, pensava para mim como era bom partilhar momentos assim quando ouvi alguém ao meu lado comentar que não percebia para quê tanto espectáculo, que provavelmente já estariam divorciados daqui a um ano, que deviam era ir embora e deixar as pessoas em paz. Isto estragou a minha visão romântica do momento, não pelos noivos, que acredito, sejam felizes para sempre, porque é bom acreditar, mas por haver pessoas assim, incapazes de compartilhar pequenos momentos de felicidade, incapazes de acreditar e na minha visão do mundo incapazes até de amar. Fomos embora mais felizes.

Mais um super post, com um super conselho, super fashion. Só para o caso de terem dúvidas se isto será mesmo um Blog de gaja.

Imaginem que chegam a uma altura das vossas vidas e vos acontece de passarem um Verão inteiro a pedalar. Imaginem que no único dia que tiram para ir à praia está um calor infernal e não conseguem passar lá mais de duas horas. Imaginem que passam as vossas férias a pedalar todo o dia, todos os dias, durante mil km. Quando isso vos acontecer, enquanto estiver calor há três regras essenciais para a vossa sobrevivência: 1) ESQUEÇAM OS VESTIDOS; 2) ESQUEÇAM OS CALÇÕES; 3) ESQUEÇAM AS MINI-SAIAS. Depois, quando finalmente chegar o frio ajoelhem-se e agradeçam aos céus o facto de um dia, alguém, algures, se ter lembrado de inventar as meias em opaco.


É o que vos digo sempre, eu só vos dou sábios e úteis ensinamentos sobre moda.



terça-feira, 5 de novembro de 2013

Sobre o meu AMOR maior...

Não sei se é desde sempre. Sei que é desde que me conheço. Eu e o meu pai chamamo-nos assim, com um assobio. Assobiamos um pelo outro sempre de forma natural. Em vez de "anda jantar", assobio. Em vez de "já vou", assobio. Em vez de "estou à tua espera", assobio. Em vez de "já cheguei", assobio. Em vez de "PAI..." ou "VERA..." em voz alta, como quem chama por todos os outros, sempre um assobio, sempre foi uma forma de comunicação aliada a uma brincadeira. Um de nós assobia o outro responde com um assobio, porque já sabe do que se trata. Até que um dia uma ave que provavelmente habitava nos arredores da horta do meu pai, de tanto nos ouvir, nos descobriu o segredo e aprendeu a responder-nos também em assobio. Ainda nos enganou algumas vezes, mas depois eu e o meu pai unimo-nos contra ela e passamos nós a enganá-la e a saber ainda melhor distinguir o assobio um do outro do assobio da tal ave que nos tentava imitar. Ainda hoje eu e o meu pai nos assobiamos, mas muito mais que uma forma de comunicação, muito mais que uma brincadeira, tornou-se numa cumplicidade só nossa, que poucos entenderiam, mas que é também uma demonstração de um amor maior. "Pai, escrevi um post sobre isto", assobio.

Até a pedalar tenho um sentido de humor dO Caralho...

Quando se queixam da dificuldade do trilho: - Logo se vê que são uns meninos de estrada.
Quando se queixam da dificuldade do trilho, outra vez: - Oh senhor não leu no site das inscrições "prova de BTT", pensava o quê, que era para ir à Póvoa passear à beira mar?
Quando vão a descer à minha frente: - Não me obriguem a travar... (aos gritos funciona melhor)
Quando vão a descer à minha frente, mas muito devagar: - Oh Senhor, largue os travões, vai gastar os calços todos hoje.
Quando vêm atrás de mim: - Só aí? Que fraquinhos...
Quando vêm atrás de mim, outra vez: - Querem uma corda?
Quando levam a bicicleta à mão numa subida : - A pé??? Eu vendia a minha bicicleta, já nem a levava para casa, fazia já negócio pelo caminho.
Quando estão todos desmontados (porque no monte também há engarrafamentos): - Esquerda... deixem passar quem sabe andar...
Quando estão aos gritos com cãibras: - Credo senhor, tantos gritos, eu a pensar que ia ver ossos de fora, afinal são só cãibras.
Quando estou com calor e quero despir a camisola: - Que falta de educação, quero despir-me, virem-se todos para lá. (normalmente obedecem)
Quando se queixam que a minha bicicleta está a fazer um barulho: - É o barulho dos espanta ursos, apliquei-o de propósito para os ursos fugirem todos da minha beira.
Quando o meu moreno (ou um amigo) consegue e os outros não: - Vê aquele rapaz, subiu aquilo tudo e você não.
Quando mandam bocas por sermos mulheres: - Se pedalasses como falas...
Quando estão sempre a desmontar: - Oh Senhores, vocês só me estorvam, se não fossem vocês eu já estava na meta.
Quando têm problemas mecânicos na bicicleta: - Precisam de indicações técnicas?
(Lista com grande probabilidade de ser aumentada)


Um amigo meu disse-me um dia destes que quem vai comigo está sujeito a levar um banano, juro que não percebo porquê...

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Dos locais que nos ficam para sempre na alma.

A certa altura dO meu Caminho avistamos a uns metros uma capela abandonada, é uma capela do século XI que está quase em ruínas, já só tem as paredes gastas pelo tempo, o telhado e um altar bastante maltratado pelos anos de abandono. Para lá chegar é preciso fazer um pequeno desvio mas há bastantes caminhantes a fazê-lo, resolvemos visitar a tal capela. Ao entrar senti-me num local sagrado, não por ter sido uma capela, não por estar a fazer O Caminho, mas por tudo o que ela transmitia, nas paredes, no chão, no altar, em cada espaço daquele local há cartas, fotografias, mensagens de perdão, de sonhos, de desejos, em cada papel há uma história, em cada objecto que as pessoas deixam lá há uma vida. E são tantas que nos perdemos por lá bastante tempo, na realidade, não me apetecia sair dali, queria saber de cada pessoa, de cada desejo, de cada tristeza, mesmo nas cartas escritas em línguas que não entendia, queria tocar, como se com o toque conseguisse sentir cada pessoa que ali deixou um bocado dela. Senti um impulso de também eu escrever algo para lá deixar, mas ao mesmo tempo senti-me tão pequenina no meio daquele sitio que já não é nada mas que está cheio de tudo que simplesmente não fui capaz de escrever nem deixar por lá nada. Depois do tempo que já passou desde que lá estive ainda não me arrependo de não ter deixado uma mensagem minha naquele local, agora sei que ele existe e quando tiver algo que mereça ser deixado lá, porque isto é importante, penso que é preciso ter algo a dizer que mereça lá estar, nesse dia hei-de lá voltar.

A inveja é uma coisa muito feia...

Apesar de praticar um desporto de alto risco no que diz respeito a quedas, é raro acontecer-me, posso contar pelos dedos de uma mão as vezes que caí em quase quatro anos de BTT. Lembro-me bem da última queda, fez ontem precisamente um ano, no passeio de aniversário de um grupo de BTT amigo. Na sexta escrevi o post anterior (têm que o ler para perceber) e ontem voltei a cair. É o que vos digo, a inveja é uma coisa muito feia...

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Socorro... acho que sou Loira...

No passado domingo fui a uma maratona. A certa altura o trilho tornou-se num caminho muito estreito onde mal cabia a bicicleta, com um muro do lado esquerdo e absolutamente nada do lado direito, só o vazio e um campo lá em baixo a uns cinco ou seis metros do nosso chão. Tentei concentrar-me para não pensar nas vertigens. Não olhes para a direita, não olhes para a direita, não olhes para a direita, o caminho é em frente, fixa o chão, não olhes para a direita, não olhes para a direita, não olhes para a direita. Até que olho para a direita e vejo a minha amiga lá em baixo, então a minha reacção foi "Foda-se, tenho que ir para ali? Por onde é que eu desço?", depois olho melhor (a tentar encontrar por onde descer) e vejo a bicicleta da minha amiga no chão e os homens a correr em pânico para a socorrer, só nesse instante é que percebi que a minha amiga tinha caído dali.
Há quem lhe chame excesso de amizade, há quem lhe chame solidariedade feminina, eu cá estou desconfiada que ou sou uma invejosa, afinal se ela voa eu também queria voar ou sofro de loirice aguda.

Depois de vos mostrar um Outfit daqueles, como devem de ser, a Loira ultrapassa todas as expectativas e mostra-vos em primeira mão uma nova técnica de tratamento de beleza e maquilhagem

Pessoas, pessoas, esqueçam os spas, os cremes hidratantes, as bases, os esfoliantes, os anti-rugas, as sombras, o rímel, os batons, as águas termais, a sério pessoas, esqueçam isso tudo, eu falo-vos agora de uma nova técnica super inovadora de tratamentos de beleza e maquilhagem. Trata-se de uma técnica nova no mercado, como sou uma blogger de sucesso fui contactada para ser a primeira a experimentar e pessoas, a sério, isto é fantástico, a pele fica limpa e macia, parece que rejuvenesci dez anos, sem falar no impacto que causa a terceiros, a sério pessoas, têm mesmo de experimentar isto. Trata-se de um tratamento à base de pó ou lama, consoante as condições climatéricas, isto é o supra-sumo em termos de estética, vocês não podem deixar de fazer isto. Deixo-vos uma amostra do resultado final, se estiverem interessadas(os) em experimentar por uma módica quantia (vocês sabem, uma blogger de sucesso tem de ganhar dinheiro com isto) eu conto-vos todos os passos que devem seguir.


Estou com um olhar um bocadinho cansado, mas só porque este tratamento me demorou 60 Km.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Isto é de deixar uma Loira para lá de confusa

O post que escrevi semana passada com uma oração passou directamente para o terceiro lugar do pódio dos posts mais vistos do Também quero um Blog, sendo que no primeiro mostro as minhas mamas (não perguntem) e no segundo publiquei uma foto de uma gaja nua a andar de bicicleta (escusam de procurar que não sou eu). Eu juro que achava que tinha um blog bipolar mas afinal bipolares são vocês que estão desse lado. Agora ajudem-me, expliquem-me o que querem, é que uma Loira nem sabe se há-de despir-se ou se há-de ajoelhar-se e rezar. 

Destes dias...

Destes meus dias agitados, com excesso de trabalho e excesso de cansaço. Destes meus dias em que tudo se resume a resmas e resmas de papel, a números e dores de cabeça. Acontece-me de tempos a tempos dias assim, consigo abdicar de tudo em prol do trabalho, almoço a correr e janto fora de horas, durmo pouco, não ando de bicicleta, não vou ao ginásio, não vou à piscina e não escrevo no blog. Abdico de quase tudo, só não consigo abdicar do meu tempo diário de leitura, apercebo-me nestes dias que para além de todos os outros benefícios que um livro pode oferecer, tem também a capacidade de me acalmar. Um chá morno e um livro fazem-me milagres.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Vivo no mundo das montanhas...

Só quem desafia as montanhas é capaz de lhes ter o respeito que elas merecem. Só quem as percorre com sol, com chuva, com gelo, com neve, com calor, com frio, com humidade, com pó ou com lama tem a capacidade de perceber a sua grandeza. Só quem se sujeita às vontades da natureza percebe que pode ser derrotado a qualquer instante. Só quem vive as montanhas consegue perceber que por lá não somos nada nem ninguém. As montanhas têm a capacidade de nos mostrar que o topo é sempre mais longe do que o que conseguimos imaginar, que o topo pode ser sempre mais difícil, que o topo nunca é ali, porque no fim de uma subida as montanhas conseguem mostrar-nos que há sempre um outro topo a alcançar, que há sempre algo mais, que as subidas têm sempre continuação. As montanhas são poderosas, enquanto as percorremos somos muito pequeninos, quando as vencemos ficamos grandes, enormes, gigantes. Só quem desafia as montanhas é capaz de lhes ter o respeito que elas merecem, só quem as desafia consegue sentir o poder, o orgulho e a felicidade de as conquistar.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Loira, depois de se iniciar na publicidade e nos passatempos, depois de preparar-vos um Workshop começa a dar os primeiros passos no mundo da moda. Um Blog sempre na vanguarda.

Pessoas, a sério, esqueçam lá as leggings transparentes que vos ficam horrivelmente mal, aquilo não são calças, esqueçam lá aqueles calções do tamanho de cuecas, aquilo mostra pernas imperfeitas e rabos cheios de celulite (sou capaz de já vos ter falado nisto, mas vocês sabem, nunca é demais trazer o bem ao mundo). Pessoas, o último grito são calções de licra com uma almofada no rabo, a sério pessoas, são confortáveis em todas as estações, são lindos, há de todas as cores possíveis e imaginárias, podem mandar fazer o vosso próprio modelo, existem na versão calças e são unissexo. Pessoas, daqui a uns dias é só disto que vão ver na rua, memorizem esta tendência e não se esqueçam que eu fui a primeira, em toda a blogosfera, a falar-vos nisto, não se esqueçam que eu estou sempre a inovar.


Além de que, há lá coisa mais sexy que isto?

Loira, sempre a inovar. Pessoas... pessoas... vou dar um Workshop.

Nos dias que correm todos precisamos de uma mudança na nossa vida, todos queremos fugir à rotina e ao stress a que estamos sujeitos, todos queremos experimentar, saber, sentir, todos queremos a novidade. Este Workshop vai ensinar-vos como uma bicicleta pode mudar a vossa vida.

- Exercício físico aliado a merendas e até algumas bebedeiras.
- Actividade radical aliada ao conforto do melhor banho do mundo.
- Viver a natureza de uma forma moderna.

Este Workshop vai ensinar-vos que todos temos de cair, o segredo é aprender a cair, tentar sempre cair para o melhor lado e levantar-se rapidamente, de preferência antes dos outros nos verem no chão. Este Workshop vai ensinar-vos a sentirem-se bem sujos, molhados, suados, cansados, a cheirar mal e sem força. Este Workshop vai ensinar-vos a sentirem-se realizados. Este Workshop vai ensinar-vos que o dinheiro não compra a felicidade mas pode comprar uma bicicleta que é exactamente a mesma coisa. 

Por uma módica quantia de 5000,00 € podem assistir ao meu Workshop e mudar a vossa vida. Em alternativa podem, por 2.500,00 € ler os 3584 posts que já escrevi sobre o assunto e os 5839 que ainda hei-de escrever.

E já sabem, a partir de agora podem tratar-me por Loira, a vendedora de felicidade.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Oração ao Espelho Nosso:

Espelho Nosso, das casas alheias
bendita seja a Vossa utilidade
venha a Elas a Vossa função
seja feita a Nossa vontade
assim em casa, como na rua
As imagens certas lhes dai hoje
Perdoai-lhes os piores erros, assim como
nós perdoamos e fazemos de conta que não estamos ofendidas.
E mostrai-lhes que brincos compridos com colares não ficam bem.
E mostrai-lhes que lenços e colares em conjunto fazem-nas parecer uma árvore de natal.
E mostrai-lhes que demasiadas pulseiras em conjunto com inúmeros anéis ainda lhes provocam um empeno na coluna.
E mostrai-lhes que batom vermelho por vezes as faz parecer prostitutas de rua.
E mostrai-lhes que leggings, definitivamente, não são calças.
E mostrai-lhes que pantufas servem para aquecer os pés quando andamos por casa e não na rua.
E mostrai-lhes que verniz de uma cor nas mãos e de outra nos pés lhes fica horrível.
E mostrai-lhes que maquilhagem mal aplicada ou em demasia as faz parecer um palhaço.
E mostrai-lhes que calções do tamanho de cuecas, principalmente com o cu e as pernas cheios de celulite são, simplesmente, O horror.
E mostrai-lhes que a roupa interior serve para isso mesmo, interior.
E mostrai-lhes que padrões tigress em demasia nos fazem mal aos olhos.
E não nos deixeis ter estas visões
e livrai-nos deste mal, Amén.

A utilidade de ter um blog (para além de fazer passatempos, obviamente)

Imaginem que têm de fazer um exame. A médica pergunta-vos umas quatro vezes quando fizeram este tipo de exame pela última vez, não se conseguem lembrar. Quando vão marcar o exame perguntam-vos outra vez quando fizeram o último exame, não se conseguem lembrar. Pensam... pensam... pensam... não se conseguem lembrar. Procuram alguma coisa que vos diga quando fizeram o exame pela última vez e nada, procuram... procuram... procuram... não conseguem encontrar nada. Torna-se, obviamente, uma questão de honra, maldito exame. Até que alguém vos lembra que da última vez que foram fazer esse exame chegaram ao trabalho e escreveram um post extremamente parvo e... voilà... fez-se luz, afinal com uma pequena pesquisa podem saber o dia exacto em que fizeram pela última vez a porcaria do exame e no dia marcado, quando vos perguntam a mesma coisa pela milésima vez, ao responderem com toda a certeza a data do último exame parecem mesmo pessoas responsáveis e conscienciosas. Ter um blog pode, afinal, ser de grande utilidade.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Os dias de NÃO vos escrever...

Ter um blog cansa. Não me cansa ter ideias sobre o que escrever, porque essas aparecem-me de forma natural, nem me cansava se pudesse escrever-vos um rascunho num folha de papel velho e meio amarrotado, daqueles que se escrevem com urgência para não nos fugir a conjugação de sentimentos, daqueles que mais tarde até eu tenho dificuldade de decifrar, porque afinal nem é um rascunho, é mais um gatafunho. O que me cansa são os ecrãs. Já repararam que nos dias que correm estamos dependentes de um ecrã para quase tudo? No meu caso também para trabalhar, todo o dia, todos os dias. Os ecrãs cansam-me, aqueles acompanhados de um teclado. Por isso estipulei para a minha vida duas regras fundamentais. Um livro será sempre um livro para mim, é-me muito difícil ler um livro através de um ecrã, não consigo, não quero, sou incapaz, é contra a minha natureza. E terei sempre dias de total liberdade, dias em que vou pedalar, vou passear, vou ler, vou namorar, vou dormir, vou libertar-me daquele maldito ecrã acompanhado de teclado que me (nos) atormenta os dias, do qual estamos todos cada vez mais dependentes, por isso aos fins de semana tem sido sempre assim, têm sido e serão sempre, salvo raras excepções, os dias de não vos escrever. Têm sido só dias de inspiração. Têm sido só dias de liberdade. Ter um blog afinal não cansa, o que me cansa mesmo são os ecrãs.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Pessoas... pessoas... lembram-se do meu passatempo???

Se não se lembram não há problema nenhum, eu sou uma gaja muito porreira e deixo-vos AQUI o link.
As primeiras provas de amor incondicional e devoção à Vossa Loira já começaram a chegar.


Não percam esta oportunidade única na Vossa vida de jantar com a Loira. Participem já, sim???

Os nossos locais no mundo...

A minha primeira grande viagem e aventura ao pedal foi a Viana do Castelo, tinha comprado uma bicicleta, tinha andado meia dúzia de vezes com uns amigos e o ginásio que frequentava estava nessa altura a organizar uma viagem de ida a Viana e volta ao ponto de partida, a minha cidade. Avisei logo que também ia, afinal o que eram mais de 200 km num fim de semana para alguém que praticamente não sabia andar de bicicleta? Uns chamaram-me louca, outros acharam que desistia nos primeiros km, fizeram-se apostas, a maioria apostava que eu não conseguia, uns quantos achavam-me com tomates para fazer aquilo, senti-me importante por todos estarem interessados nas minhas capacidades físicas mas mais que isso, senti-me triste e irritada por a maior parte achar que eu não seria capaz. Claro que meti na cabeça que conseguia e não me chamasse eu Loira se aquela gente toda não chegasse ao fim da viagem a achar-me a super mulher dos pedais. Fiz a minha viagem e correu-me tão bem, mas tão bem, que me soube melhor do que se tivesse dado um estalo na cara dos que me gritavam à alma as minhas limitações, imaginadas por eles. Mas o que me marcou nesta viagem não foi isso, foi antes o facto de ter sido neste chão que me apaixonei verdadeiramente pela modalidade que pratico e que tanto tempo depois marca a minha personalidade e o meu mundo. Cheguei a casa de Viana completamente apaixonada. Hoje passei por lá o dia, em Viana e como de cada vez que lá voltei sinto-me sempre por lá apaixonada, recordo-me sempre daquela Loira que era e da Loira que voltei, Viana marcou uma etapa da minha vida, foi a minha primeira meta e a minha primeira vitória, por isso me sinto assim por lá, sempre apaixonada e sempre num dos meus locais no mundo, porque quando os locais nos marcam a existência passam a ser para sempre nossos.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Zé Pedro, chega-te aqui à Loira, coração...

Quando recebi o teu primeiro e-mail estava no tablet, juro-te que não sei o que lhe fiz que aquilo escapou-se em menos de um segundo, não consegui sequer perceber que tipo de e-mail seria, ainda o procurei por todo o lado, mas nada, não estava na pasta dos eliminados, não estava na pasta de spam, juro por tudo que ainda pensei desmontar a porcaria do tablet para ver se o encontrava mas como sabes sou Loira e tive receio de perder alguma peça. Resumindo, não sei se te apresentaste, não sei se me contaste alguma coisa sobre ti, não sei qual seria a intenção do e-mail, só sei que pensava que era um e-mail da Maria e fui logo toda contente para o abrir e depois dizia lá Zé Pedro e puffft... desapareceu. Em relação aos e-mail's seguintes quero dizer-te que aprecio muito anedotas, principalmente sobre Loiras, até porque nunca me encaixei no estereótipo, a sério que aprecio. Tenho de confessar que não me tiram uma gargalhada, não me tiram sequer um sorriso mas é fixe receber e-mails e a certa altura, apesar de não te responder por não saber quais seriam as tuas intenções para lá de alegrar a minha caixa de e-mails pensei mesmo que um dia destes eu e tu Zé Pedro poderíamos chegar a ser amigos. Mas depois começou o resto, tu sabes Zé Pedro, quer dizer, és capaz de não saber mas eu vou explicar, o tablet, o maldito tablet é muito pequeno para ver aqueles vídeos e aquelas imagens, tu sabes Zé Pedro, uma Loira abre o tablet no café e aparecem aquelas imagens, é capaz de ser chato Zé Pedro. O meu portátil está com um problema no carregador da bateria e eu ainda não fui comprar outro carregador Zé Pedro, o que significa que só me resta abrir os teus e-mails no computador do trabalho, agora vem a parte chata, sabes Zé Pedro, não é muito agradável estar no trabalho a ver cus, pilas, gajas nuas, gajos nus, gajos a pedir boleia com as calças baixadas, gajas a abanar o cu, gajas a chupar a pila a gajos, gajos a chupar a pila a gajos, gajos a foder gajos, gajos a foder gajas e gajas a foder gajas, sabes Zé Pedro, já me basta perder o tempo que perco no trabalho a escrever no blog, é só mesmo por isso Zé Pedro, eu até gosto de pornografia, de tempos a tempos eu e o Moreno curtimos ver um bom vídeo, mas ter a caixa de e-mail entupida com isso não é muito agradável, é só por isso Zé Pedro, não te chateies em enviar mais nada que não vale mesmo a pena, até porque a certa altura comecei a apagar tudo antes de sequer abrir. Por hoje é só Zé Pedro, vou agora para um julgamento, espero mesmo não ter de abrir o tablet no tribunal e aparecer-me assim de repente mais uma pila daquelas enormes. Fica bem coração.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Pessoas... pessoas... deu-me a louca, vou fazer um passatempo...

Vocês ainda não sabem mas o Também quero um Blog está quase a fazer anos, é verdade, no dia 09 de Dezembro é o aniversário do Blog e eu não posso deixar passar isto em branco, acho que já o ano passado me esqueci, este ano as coisas têm de ser diferentes. Quatro anos a escrever, quatro anos é uma vida pessoas. Eu sei que ainda faltam cerca de dois meses, mas pessoas, quis fazer isto com bastante antecedência para que todos se possam preparar e participar. E o que é que temos de fazer para ganhar Loira? Perguntam vocês. E eu respondo que é super fácil:

  1. Têm, obviamente de ser seguidores do Blog. Ainda não são? Que vergonha...
  2. Têm, obviamente de fazer gosto na página de Facebook do Blog? Ainda não fizeram? Que ingratos, anda uma Loira aqui a esforçar-se para tornar isto num sucesso e nem um gosto lhe fizeram, corram, o link está ali ao lado.
  3. Têm de ter comentado, no mínimo 384 vezes o Blog, não desesperem, se ainda não comentaram nenhuma vez ainda vão a tempo, se o fizerem a partir de hoje só têm de comentar cerca de 7 vezes por dia.
  4. Têm de partilhar o passatempo no vosso Blog ou Facebook sublinhando que o Também quero o Blog foi a vossa salvação e que se não o tivessem encontrado para ler muito provavelmente já se teriam suicidado.
Depois de cumpridos estes requisitos, só têm de encontrar-me, esteja lá eu onde estiver, aparecer-me de cabelo rapado, nus e a fazer o pino. Ao primeiro a chegar eu pago um jantar no dia mais importante do ano, o dia de aniversário do Blog, como já devem ter percebido.

A sério pessoas, participem, queria mesmo jantar com um de vocês.

Capítulo 61, Página 373.

Há horas para tudo. Para acordar, trabalhar, orar, divertir, descansar... Tudo é cronometrado até ao mais ínfimo milésimo, desde a entrada no local de emprego até ao início da sessão de cinema, da exposição, das refeições, ao horário dos transportes que não esperam por quem não está e partem sempre no horário certo, nem que estejam vazios. O tempo comanda quem dele depende. O tempo dá-o Deus, dirão uns, porém, na realidade, Ele não pode dar aquilo que não criou. O tempo dá-o o Homem.

Luís Miguel Rocha
A Filha do Papa

Capítulo 60, Página 371.

Nada era mais poderoso que o medo. Com certeza haveria quem discordasse. Uns diriam que nada era mais poderoso que a esperança, outros ainda defenderiam que nada superava o perdão. Ignoravam essas pessoas que estariam todas mortas, mais cedo ou mais tarde. Censurados pela vida que não poupava ninguém, muito menos os fracos e os bondosos.

Luís Miguel Rocha
A Filha do Papa

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Post de auto-ajuda (Sim, mais ou menos como aqueles livros manhosos)

Antes de partir para fazer O meu Caminho alguém que já O tinha feito falou-me, entre outras coisas, de Portomarín. Disse-me que chegada à entrada da cidade as setas dO Caminho mandavam entrar em Portomarín por umas escadas, imensas escadas, frisou. Como eu ia a pedalar podia optar por ir pela alternativa mais fácil que seria virar à direita pela estrada ou seguir pelO Caminho original, mais difícil, onde teria de carregar com a bicicleta às costas até lá em cima. Escusado será dizer-vos que fiz parte dO Caminho a pensar em Portomarín como um tormento, imaginava-me a subir uma escadaria parecida com a de Nossa Senhora dos Remédios em Lamego, imaginava-me a passar lá horas e horas de calor e desespero, imaginava-me sentada nos degraus a comer tudo o que tivesse nos alforges para ter força para continuar a subir, a capacidade da nossa imaginação não tem limites. Chegada a Portomarín afinal as escadas eras pouquíssimas em relação aquilo que eu tinha pensado, subi-as com tanta facilidade que quando cheguei lá em cima só me conseguia rir. A nossa mente pode, em algumas circunstâncias, ser o nosso pior inimigo, mas pode também ser aquilo que temos de mais forte, porque apesar de todas as dificuldades que imaginei, apercebi-me depois que nunca me passou pela cabeça virar à direita, pela alternativa mais fácil.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013


Abraçou-me e ofereceu-me o ombro como aconchego, deu-me um beijo terno e prometeu que vai correr tudo bem, eu fiquei ali, inebriada pelo cheiro e a lembrar-me que já há uns anos quando me puxou para dançar pela primeira vez não consegui fixar a música, nem o local exacto onde estávamos, nem tão pouco o que me disse, fixei-lhe somente o cheiro e pensei que cheirava tão bem, que não queria sair nunca mais de lá. Prometeu-me que vai correr tudo bem e cheirou-me tão bem que eu acreditei, como tenho acreditado sempre e como tem sempre valido a pena acreditar e como me tem cheirado sempre tão bem naquele ombro, naquele aconchego. Se me prometeu que vai correr tudo bem eu acredito.

Não tenho espírito competitivo...

Já fui convidada por uma equipa de competição para me juntar a eles, convidou-me o líder da equipa, campeão nacional da categoria dele na modalidade de maratonas BTT. A minha primeira reacção foi aceitar, posso agora confessar que por pura vaidade, vestir o mesmo equipamento deles, partir nas maratonas na linha da frente, competir para o campeonato e a taça nacionais ao lado de grandes atletas. Por vaidade aceitaria, sem dúvida, só tinha de cumprir os planos de treino e de suplementação à risca e aparecer linda e loira como sempre para pedalar e competir ao lado deles, nos primeiros tempos nem sequer me exigiriam resultados porque teria, obviamente, de me habituar e de aprender a competir como eles. A minha segunda reacção foi pensar e tomar a decisão acertada, dizer-lhes que era um orgulho ser convidada mas a minha resposta era não. O que gosto mesmo nisto do BTT é de me divertir, é de conhecer pessoas, é de ir quando me apetece e não por obrigação, o que gosto mesmo é do convívio com os amigos, de dizer piadas aos desconhecidos e de falar com toda a gente, o que gosto mesmo é de passear de bicicleta. Um destes dias uns rapazes passaram por mim a descer e quase me fizeram cair, coisa difícil posso dizer-vos, porque eu adoro descer, desço muito bem e é muito difícil algum conseguir passar-me, fiquei fula, tive de desmontar por culpa deles, logo na subida seguinte estavam todos a subir com as bicicletas à mão, eu lá fui subindo, sempre montada, passando as pedras e os rapazes, sempre calada porque, verdade seja dita, a subida era muito difícil e falar era coisa que não conseguia. Quando cheguei cá em cima tinha duas opções, continuava até ao final sem sequer lhes ligar, se tivesse o tal espírito competitivo ou esperava por eles para lhes dizer que a descer todos os santos ajudam, mas para subir era preciso saber andar de bicicleta, depois ficava por lá a falar um bom bocado, a conversar e a mandar umas bocas como fiz e lá arranjei mais uns amigos que quase foram inimigos. Continuei a pedalar e enquanto acabava a maratona pensei em todas as vezes que ele continua a insistir comigo para me levar para a tal equipa e que continuo a estar certa de cada vez que lhe digo que não porque para competir é necessário ter esse tal espírito competitivo e eu sou, garantidamente, o oposto.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sucesso, a quanto obrigas... são sapatos pessoas, SAPATOS...

Não pensem vocês que me esqueci daquela ideia de tornar este blog num sucesso. É... às vezes também tenho ideias parvas. Mas vamos ao que interessa, toda a gente sabe que o que faz sucesso na blogosfera são os sapatos, os que se compraram, os que queria comprar mas não se pode porque não se ganha o suficiente para esses gastos (estes ficam muito giros com o título "Sonho com isto"), os da nova colecção, os da colecção anterior, sapatos de salto, sandálias, botas, chinelos, e até aquelas coisas que no meu tempo só serviam a quem quisesse dançar ballet. Sapatos... sapatos... sapatos... de todos os modelos e cores possíveis, sapatos para todos os estilos. Pensavam vocês que eu poderia passar ao lado desta tendência? Estavam muito enganados, fui procurar uma foto dos meus sapatinhos de domingo (que por acaso já tinha sido publicada, mas isso agora não interessa nada).


Sou, ou não sou uma gaja cheia de estilo?

Um dos vários posts que ainda me faltam escrever sobre O Caminho.

Há alturas na nossa vida em que nos sentimos de alguma forma especiais, eu senti-me assim quando fiz O Caminho. Por aqui os meus amigos e conhecidos olharam-me de forma diferente, fizeram-me perguntas, quiseram saber tudo, interessaram-se realmente por aquilo que eu estava a fazer, admiraram-me, deram-me os parabéns umas centenas de vezes já depois de eu ter regressado, elogiaram-me e falaram comigo como se eu fosse uma espécie de Super Mulher que tinha muito para lhes contar e ensinar, a nossa viagem teve direito até a uma notícia com algum destaque no jornal, como se tivéssemos feito algo de verdadeiramente extraordinário, mas não foi nada disso que me fez sentir especial, com tanta atenção por parte das pessoas não consegui sentir que tinha feito nada mais que uma viagem normal. Especial mesmo senti-me enquanto andava por lá, enquanto percorremos O Caminho conhecemos pessoas com histórias de vida fantásticas, pessoas com uma visão do mundo completamente diferente daquilo a que estamos habituados, pessoas que seguem O seu Caminho com uma coragem e uma convicção indescritíveis. Por lá somos simplesmente mais um no meio de tantos, mas só por estarmos rodeados de pessoas que consideramos tão especiais sentimos que somos como elas, estamos a percorrer o mesmo chão, temos oportunidade de as conhecer e de as trazer como recordação para a vida, temos oportunidade de nos sentir com tanta coragem como elas, só por estarmos ali. Por lá as pessoas olham-se nos olhos com compreensão, admiração e amizade e só por poder trocar olhares assim com pessoas que não falavam a mesma língua nem sabiam nada a nosso respeito, mas que só por estarmos ali como elas nos admiravam, só por isso fui, de facto, muito especial.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Tenho um sentido de humor "do" Caralho...

Acho que já nasci assim, desde miúda que me lembro de fazer piadas sobre tudo e sobre todos, as pessoas diziam-me que era exactamente igual ao meu pai e a pobre da minha mãe reclamava porque não nos conseguia aturar aos dois juntos, em abono da verdade, continua a reclamar. Aceito que algumas pessoas, principalmente quando as minhas piadas são sobre elas não me achem piadinha nenhuma, mas penso que no geral até me acham graça. Lembro-me de um amigo me dizer, enquanto ria às gargalhadas com alguma parvoíce das minhas que sinceramente não entende onde vou buscar algumas coisas, eu também não entendo, saem-me do nada e por isso, isto de ter um sentido de humor do caralho pode ser um problema, porque primeiro digo a piada e só depois é que penso no que disse, é um sentido de humor instantâneo que pode atacar os outros, algumas situações mais felizes ou mesmo infelizes e até a mim, porque isto de ter um sentido de humor do caralho ensinou-me desde sempre a saber rir-me de tudo, mas principalmente de mim, quer seja eu a dizer a piada, quer sejam os outros. Isto de ter um sentido de humor do caralho até pode ser giro, mas ter um sentido de humor do caralho exige que tenhamos também um poder de encaixe do caralho, caso contrário não chega a ser sentido de humor, é só uma mania de que se é engraçado, mas no fundo não se tem piada nenhuma.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Pessoas... pessoas...

Estou tão emocionada, acabei de fazer uma página de Facebook para o Também quero um Blog, quem é que nos quer fazer um like, quem é? O link está ali ao lado.

Homens chamados à recepção...

Só têm de aprender a distinguir os momentos em que elas precisam de ser protegidas e de sentir-se seguras que aconteça o que acontecer vocês vão lá estar dos momentos em que é extremamente necessário que se sintam livres de sozinhas tomar decisões capazes de mudar o mundo. Só têm que saber distinguir os momentos em que se sentem sozinhas apesar de estarem rodeadas de pessoas dos momentos em que só precisam de um pouco de solidão e silêncio. Só precisam saber quais são os dias em que têm de dizer-lhes que são lindas e os dias em que não vale a pena dizer-lhes nada porque elas sabem que são a mais bonita. Só precisam de saber quando um abraço ou um beijo são capazes de resolver todos os problemas delas e quando elas simplesmente não têm problemas ou resolvem tudo sozinhas porque são capazes de dominar o mundo. Só têm que saber distinguir um sorriso sincero de um sorriso forçado e cansado, só têm que procurar um brilho ou uma sombra no olhar e fazê-las acreditar que são os únicos capazes disso. Só precisam saber distinguir os dias em que a maior necessidade delas é um simples chocolate dos dias em que precisam desesperadamente de uma dieta. Só precisam saber os dias exactos em que elas são capazes de ver um filme de acção ou os outros, aqueles em que têm de escolher uma comédia romântica. Só precisam saber os dias em que é necessário ir com elas comprar uns sapatos, ou correr, ou andar de bicicleta ou levar-lhe flores e um livro, preparar-lhe o jantar ou levá-las a jantar fora. Só precisam distinguir os dias em que elas querem fazer amor dos outros, em que o que elas precisam mesmo é de fazer sexo. Depois disso, meus senhores, vão ver que afinal é muito simples compreendê-las. 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Socorro!!! Tenho um Blog...

O meu Blog já foi descoberto por alguém muito importante na minha vida, que não sabia da sua existência. Depois disso um belo dia abri a página inicial e vi na caixa de seguidores a minha prima. Já fui reconhecida e abordada na rua (mais precisamente no meio do monte) por alguém que lia o meu Blog. Um dia destes recebi comentários de alguém que me viu e reconheceu numa maratona de BTT. Como podem imaginar, estou capaz de sofrer de um ligeiro trauma, portanto, se lêem o meu blog e me reconhecerem por aí, se já me conhecem e descobriram as porcarias que escrevo, se descobriram que temos conhecidos em comum ou se apesar de eu não fazer a mais pequena ideia de quem possam ser mas me conhecem de vista de algum lado qualquer e não fazem ideia que tenho um Blog mas se querem dirigir a mim pelo nome próprio ou simplesmente por Loira, por favor, façam-no lentamente, preparem terreno, não sejam brutos nem me apareçam de surpresa, sou muito nova para morrer do coração. 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O que uma pessoa é obrigada a fazer só para se tornar uma blogger de sucesso... eu sofro por vossa causa

Uma pessoa quer tornar o blog num sucesso e ninguém lhe liga nenhuma? Não aumentam as visitas. Não aumentam os seguidores. Mas não pensem que eu desisto assim tão facilmente. Não querem saber dos hotéis de luxo que frequento? Então agora aguentem-me com o meu plano de treino para amanhã.


Sou uma gaja muito radical.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Estou decidida, é desta que vou fazer disto um blog de sucesso.

Queridos leitores, vocês sabem que blog de sucesso que se preze tem pelo menos uma meia dúzia de posts com fotos fantásticas de lugares paradisíacos onde as autoras passam fins-de-semana perfeitos e férias de sonho. Decidi-me agora mesmo a tornar isto um blog de sucesso e não posso deixar escapar a oportunidade de publicar as fotos dos hotéis de luxo onde fiquei hospedada durante as minhas férias, eu sei que pode ser chato para vocês, mas vejam, aposto que vão querer passar por lá um dias destes.

Os sapatos ficam na entrada, como podem imaginar, ao final do dia não cheiramos lá muito bem. Quanto às botas dos caminhantes, nem vos consigo explicar, uma experiência de luxo que todos desviam experimentar.

Neste albergue hotel de luxo os sapatos têm mesmo de ficar cá fora. Por aqui dormi muito bem, só é pena que os caminhantes comecem a partir por volta das 5 da manhã e por muito que tentem não fazer barulho é impossível não acordar os outros.

Como podem ver os interiores são super luxuosos, tenho imensa pena de não ter tirado fotos às casas de banho comuns, é uma experiência fantástica conseguir tomar banho sem molhar a roupa, limpar-se e vestir-se antes de sair para fora do chuveiro.

Como podem ver as camas são super confortáveis, por causa das minhas vertigens o Moreno ficava por cima e de cada vez que se mexia dava-me a sensação que me ia cair em cima um camião, é mais uma experiência fantástica e conseguimos mesmo colocar em prática a expressão, sono de beleza.

Estas instalações também são espectaculares, por aqui não fiquei, mas é um albergue hotel de luxo tão falado que quisemos ir visitá-lo, esta separação entre as camas é fantástica, só é pena que quando os colegas do lado se levantam eu não os possa ver em cuecas, como nos outros, mas enfim, pelo menos não perdemos a oportunidade de os ouvir ressonar. Acreditem que foi uma das coisas que mais gostei, tentar adormecer com umas dezenas de pessoas todas a ressonar no mesmo espaço, depois disto acho que se me deitar na facha da esquerda da auto-estrada consigo adormecer profundamente, é mesmo muito gratificante.

Este hotel estava, como podem ver muito bem preparado para nos receber, gosto principalmente do estendal da roupa, agradeço o facto de não ter caído nenhuma peça à rua, pelo menos por aqui não tivemos de abrir os sacos-cama.

Por aqui tivemos direito a tratamento VIP, este é um albergue hotel de luxo de freiras, eram tão queridas que vieram aconchegar-nos antes de dormirmos. Como podem ver, o mobiliário é sempre de luxo, isto não é para qualquer um.

Mais um hotel de luxo, deixaram-nos entrar com as bicicletas pela porta da frente. Parece-me que os outros clientes nos olharam um bocado de lado, mas gente importante é assim e mal souberam que estavam a hospedar uma blogger prestes a tornar o seu blog num sucesso trataram-nos melhor do que se fossemos a família real.

Foram-nos proporcionadas experiências fantásticas, tais como depois de fazer cerca de 100 km de bicicleta durante vários dias consecutivos mal chegamos às instalações lavamos nós próprios as nossas bicicletas e a nossa roupa.

As fachadas, os jardins, as piscinas, a vista para o mar são espectaculares, mas o mais interessante mesmo é as luzes apagarem-se ás 22 horas, depois disso quem ainda não está pronto anda com uma lanterna, é mais uma experiência fantástica, quando levamos com a luz de alguma directamente nos olhos.

Por último podem observar mais uma piscina de luxo e o local onde podíamos estender a nossa roupa depois de a lavar à mão, é um método super inovador que os hotéis de luxo começam a introduzir no mercado para distrair os hóspedes com mais energia, para os quais descansar é completamente desnecessário e chega mesmo a ser uma autêntica seca.


Vocês podem usufruir destas fantásticas experiências pagando cerca de 5 a 10 € por noite, desde que estejam dispostos a caminhar ou a pedalar um dia inteiro durante vários dias, quanto a mim, agora que estou prestes a tornar-me uma blogger de sucesso, acham que ligue para cada um deles e lhes exija um pagamento pela publicidade, ou que lhes exija apenas hospedagem gratuita da próxima vez que for fazer O Caminho? Segundo as minhas previsões será daqui a uns 10 anos. Peço que me ajudem com esta decisão porque se não conseguir fazer do meu blog um sucesso com isto vou ter que fazer como as outras e entrar numa dieta rigorosa até conseguir pesar 40 Kg.

Qual seria o interesse de viver num mundo sem traições, apunhalamentos, enganos e roubos? Quem, no seu perfeito juízo, gostaria de viver numa casa em que pudesse dormir tranquilo de porta aberta?

Luís Miguel Rocha
A Filha do Papa

quarta-feira, 2 de outubro de 2013


Sentou-se e esperou. Não sabe se esperou horas, se foram dias ou se passaram anos. A espera matou-lhe a esperança, matou-lhe a vontade, matou-lhe os sonhos e matou-lhe os sorrisos. Agora já só espera que esta espera não lhe mate o amor.

Apetece-me beijar-vos na boca. Sim... a vocês todos... fujam...

Sentei-me confortavelmente, trazia comigo o livro que ando a ler e o tablet, desta vez optei pelo tablet, apesar de normalmente não gostar de reler aquilo que escrevi lá atrás sentia que precisava fazê-lo, nos primeiros dias faltou-me o tempo e a vontade, depois a vontade foi aumentando a cada dia e o tempo tornou-se insignificante. Reli cada post que fui escrevendo enquanto fazia O Meu Caminho, senti novamente as emoções de cada um deles, de cada dia, de cada local de onde vos escrevi. Agradeci o facto de não ter criado um novo blog, só para escrever sobre O Caminho, isto faz-me muito mais sentido por aqui. Reli cada comentário vosso e fiquei com esta sensação estranha, apetece-me beijar-vos na boca, a todos, sem excepção. Muitos podem dizer que têm os melhores leitores, mas a mim parece-me que os melhores leitores do blogomundo são mesmo os meus. Se me virem na rua e forem capazes de me reconhecer fujam, duvido que esta vontade que tenho me passe tão cedo, é que, não sei se já vos disse isto, mas apetece-me mesmo beijar-vos na boca.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Vida de blogger...

As ideias surgem-me por vezes como se fossem um turbilhão, são tantas que não consigo agarrá-las a todas, deixo sempre escapar alguma. Falta-me tempo para desenvolver em texto todos os temas sobre os quais me apetece escrever. Inicialmente apontava-as aqui e ali, na agenda do trabalho, num rascunho qualquer no escritório, num post-it amarelo colado na carteira ou num livro qualquer. Tinha sempre duas ou três palavras escritas algures, uma frase, ou um texto completo, por vezes a ideia surge-me e o meu cérebro começa logo a desenvolver o tema e quase que o vejo a desenhar as letras à velocidade da luz. Depois comprei um bloco de notas e comecei a andar com ele para todo o lado, assim que acende a lâmpada das ideias no meu cérebro aponto logo aquilo que quero escrever no tal bloco, giro que se farta. E as ideias estão todas lá, em palavras soltas, em frases, em textos completos, em citações, e vão ficando por lá uns dias, umas semanas, meses, e são só isso, ideias, porque surgem sempre outras, mais urgentes para escrever, mais actuais na minha vida, que me fazem mais sentido naquele dia, naquela hora em que abro a caixa de "nova mensagem". E nos dias em que me falta a inspiração, em que quero escrever mas não surge nada de novo quando abro a tal caixa de "nova mensagem" e ela fica ali em branco, minimizada por tempo indeterminado, nesses dias, por vezes abro o tal bloco de notas e começo a ler o que escrevo quando tenho o cérebro a mil à hora, mas nesses dias, em que me falta a inspiração nada daquilo me faz sentido e mais vale não escrever, porque para conseguir desenvolver um texto e clicar ali em cima, no "publicar" não é necessário somente ter ideias, é preciso muito mais, é preciso estar inspirada.